Olá queridos pais!!
Você cuida de seu filho com todo amor, tanto amor que em alguns momentos sacrifica suas vontades para satisfazer as dele. E, de repente, descobre que ele pratica a automutilação.
Você não entende o porquê, acha que ele tem uma vida maravilhosa e livre de razões para tal prática. Angustia-se, fica confuso (a), desorientado (a) e não sabe o que fazer.
A primeira verdade que preciso te contar é que a dor de um adolescente que se automutila é imensa e, na maior parte dos casos, envolve grande sofrimento emocional. Este adolescente busca na dor do corpo uma justificação para a dor emocional que experimenta,
Ou seja, as lesões não são praticadas para chamar a atenção, são uma forma de controlar as emoções, as ansiedades, a raiva, a sensação de vazio, etc. Elas são indícios de que o adolescente passa por um grande conflito interno.
A dor, na verdade, é emocional e a pessoa a manifesta fisicamente através da automutilação, afim de aliviar-se.
A descoberta é difícil, mas é fundamental que você mantenha a calma porque reagir com pânico e desespero poderá agravar ainda mais a sensação de aflição de seu filho. Também ordenar que pare com o processo não ajudará, visto que neste momento ele não consegue simplesmente controlar-se.
ENTÃO, O QUE FAZER?
Confira abaixo algumas dicas:
– Retire de seu alcance objetos com os quais ele possa ferir-se;
– Escute seu filho, procure se inteirar do que o está preocupando;
– Demonstre interesse pelo que ele pensa e o que sente, deixando-o confortável para abrir-se (mas sem obrigá-lo);
– Pense sobre o que pode estar acontecendo. Muitas vezes tal comportamento está diretamente ligado a carências familiares;
– Não deixe de buscar o auxílio de um profissional qualificado para que seu filho possa aprender estratégias de regulação emocional que substituam a automutilação.
Este profissional estará capacitado a ajudá-lo a compreender as razões de seu comportamento e a reconciliar-se com o corpo, limitando os danos possíveis.
Por fim, esteja disponível e disposto a passar essa fase difícil juntinho de seu filho.
Ele precisa muito de você, pois a automutilação é um grito de socorro!
Abraço!
FABIANA BARBOZA – PSICÓLOGA
CRP: 05/39149